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Urológicas (Traumas, torção testicular)
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Torção testicular
A torção de testículo ocorre na imensa maioria das vezes entre 12 e 18 anos, mas pode se dar também durante a infância e na idade adulta, entretanto com muito menor frequência. É geralmente causa de muita preocupação para os pais, pois a criança ou o adolescente apresenta um quadro súbito de dor aguda e intensa na bolsa testicular, podendo irradiar para a região inferior do abdome e para a virilha. Náuseas e vômitos podem ocorrer devido à intensidade da dor, junto a um quadro de vontade de urinar frequente, levando eventualmente à hipótese de uma cólica renal por leigos.
O testículo torce pois durante seu desenvolvimento na vida intrauterina eles são fixados em um tecido dentro da bolsa testicular na sua porção inferior, e na sua porção superior ele é suspenso pelo próprio cordão espermático. Quando essa fixação não ocorre de uma maneira adequada, ele fica com sua mobilidade no escroto aumentada e sujeito à torção no seu próprio eixo.
Nesses casos deve-se levar o paciente imediatamente para uma emergência médica para ser avaliado clinicamente e por exame de imagem. Nessa doença o tempo para diagnóstico e tratamento cirúrgico é crucial para que o testículo afetado possa ser salvo. O período ótimo para fazer a cirurgia é até seis horas, com mais de 90% dos testículos salvos nesse prazo. A partir do momento que as seis horas são ultrapassadas, cada minuto conta, pois após 12 horas as taxas de sucesso podem chegar a apenas 20%, sendo virtualmente nula após 24 horas de torção.
Fratura peniana
Quando ocorre um trauma no pênis ereto e a força aplicada na túnica albugínea é muito grande, ocorre a laceração desta estrutura e o indivíduo perde imediatamente a ereção. Ocorre a saída de sangue dos corpos cavernosos e se forma um hematoma muito grande no pênis. Geralmente, o paciente refere que escuta um “estalo”, que seria o som do rompimento da túnica albugínea. Como se observa, a “fratura” peniana só acontece se o paciente estiver com o pênis ereto e ocorrer um trauma. Em praticamente todos os casos, a fratura acontece quando o paciente está tendo uma relação sexual. Raros são os casos em que o trauma acontece durante a masturbação.
O tratamento é cirúrgico. A laceração da túnica albugínea precisa ser fechada através de uma sutura com fios (costura) e o paciente deve permanecer sem ter relações sexuais por, pelo menos, quatro semanas. Portanto a fratura peniana é um evento bastante traumático para o paciente e sua parceira.
Conhecendo melhor o mecanismo da laceração da túnica albugínea, pode-se evitar esse transtorno tomando alguns cuidados, principalmente relacionados à posição durante o ato sexual.
Fonte SBU
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Patologias
dr. William
Mosquin Simões
- Médico formado pela Faculdade de
Medicina da USP. - Cirurgião Geral formado pelo Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina da USP.
- Urologista formado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
- Doutorando em Ciências sobre Litíase Urinária pela Urologia da Faculdade de Medicina da USP.
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